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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Não ao Extremismo

Tenho visto alguns debates ultimamente em que vários ateus tentam demonstrar que a religião tem atrasado o progresso da humanidade, um bom exemplo disto é a pesquisa feita pelo Sociólogo norte-americano Phil Zuckerman que tenta demonstrar que quanto menos religioso é o país maior sua renda per – capita, ou seja, o ateísmo e o “nível de vida” seriam diretamente proporcionais, com exceção dos Estados Unidos onde 65% de sua população afirma que possui algum tipo de credo religioso e tem uma das rendas mais altas do mundo.

Realmente não creio que o fato de um país acreditar em algum tipo de religiosidade seja a explicação para sua falta de desenvolvimento, acredito sim que pelo fato do país ter problemas sociais sua população esteja mais aberta a algum tipo de espiritualidade, pois a religiosidade serviria como um auxílio para que essas pessoas conseguissem enfrentar seus momentos difíceis, o que seria o inverso da afirmativa ateísta.

O que muitos ateus também se esquecem quando dizem que a religião atrasa o progresso da humanidade é a contribuição moral que a crença proporciona para o bem estar da sociedade, não estou dizendo aqui que todo ateu tem problemas morais, até porque grande parte dos ateus crêem que a moral é relativa, o que na realidade estou querendo afirmar é que muitas pessoas só possuem preceitos morais pelo fato de acreditarem que devem agir de determinada maneira, pois do contrário estariam desagradando a divindade a qual elas acreditam. A crença auxilia o bem estar social o não matarás, não furtarás, não cobiçarás a mulher do próximo, o incentivo a benevolência, a misericórdia e ao perdão são fatores que ajudam a sociedade caminhar de forma organizada e também auxiliam o estado para o controle da criminalidade.

A crença resgata pessoas que outrora estavam na criminalidade, no alcoolismo ou na dependência química, essas pessoas acabam encontrando um sentido para ter uma mudança de vida dentro da religião, caso esta não existisse, quantas pessoas não teriam conseguido se livrar desses males que destroem vidas e que trazem tantos transtornos sociais.

Não podemos nos esquecer da filantropia que é estimulada pelas religiões, quantas pessoas neste mundo foram ajudadas direta ou indiretamente por alguma entidade religiosa ou por algum religioso que acreditava estar seguindo sua crença fazendo o bem ao seu semelhante?

Obviamente não podemos esquecer de atentados terroristas como o 11 de setembro, ou fatos históricos como a Guerra Santa que justificava a matança e a guerra em nome de “deus”, são fatos, porém o estado ateísta sobre o governo de Stalin também não pode ser tido como ideal humanitário.

O que quero dizer é que a religião em si não é o mal, e ainda quero ir mais além, acredito que a religião traz muito mais benefícios a humanidade do que malefícios, não creio na teoria do atraso do progresso, e realmente não consigo imaginar o mundo sem alicerces religiosos, acredito que desta maneira nosso planeta estaria beirando o caos.

Não sou “ateofóbico”, mas creio que alguns fundamentalistas ateístas que tentam “desconverter” as pessoas acabam se tornando ainda piores que os fundamentalistas religiosos, criam guerras filosóficas sem sentido e acabam se tornando extremistas militando por sua causa.

Eu particularmente tenho a seguinte opinião, não é a religião ou a falta dela que afeta o progresso da humanidade até porque este não é o foco principal da crença, o que precisamos combater não é a religião em si, e sim os extremismos que causam a intolerância e a desordem social, isso sim deve ser combatido, e estes extremismos não são particularidades do meio religioso, existem por exemplo extremistas políticos, "marxistas xiitas", capitalistas selvagens, feministas exacerbadas, entre tantos outros extremismos que podemos citar, mas isto já é assunto para outro post.

Julio Cezar Nakasato

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