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terça-feira, 22 de março de 2011

Força Japão!!!!

Hoje fazem 11 dias do sismo e tsunami que devastaram parte do território Japonês.

O número de pessoas que morreram ou estão desaparecidas chegam a 22 mil segundo a policia local.

O povo japonês já se recuperou de uma guerra que devastou seu país e acabaram por se tornar umas das maiores potências mundiais. Talvez este histórico de vitórias em meio a situações adversas possa trazer força para que esta nação possa se reerguer desta tragédia.

Força Japão!!!!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Ronaldo

Nesta segunda-feira dia 14 de fevereiro de 2011 se despediu do futebol um dos grandes gênios dos gramados, Ronaldo ”Fenômeno”, sua coletiva de despedida carregada de emoção foi transmitida ao vivo nas principais redes de televisão brasileiras, para aqueles que amam o futebol ficará apenas a saudade daquele que, em minha humilde opinião, foi, com certeza, o ícone brasileiro no mundo do futebol nos últimos 14 anos. Não é necessário falar sobre sua genialidade nos gramados, Ronaldo deixará saudades, pois gênios não aparecem todos os dias.

Apesar da maioria esmagadora dos jornalistas brasileiros terem respeitado solenemente este momento, publicando homenagens e mais homenagens a este atleta que com seu carisma conseguiu até mesmo parar uma guerra. Algo me entristeceu, uma minoria barulhenta de cronistas esportivos sem nenhuma credibilidade, jornalistas estes que nem mesmo citarei o nome para não acabar fazendo marketing a estes pobres insignificantes que tentam aparecer através da imagem dos grandes, estes vampiros criticaram acirradamente uma declaração do “Fenômeno” onde ele afirmou que jogava por amor. Li vários “cronistas” indagarem sobre o alto salário de Ronaldo, tentando dessa maneiro descredibilizar a afirmação do “Fenômeno”, como se o fato de Ronaldo ganhar um salário exorbitante retirasse qualquer possibilidade dele possuir  vinculo sentimental com sua profissão, se este argumento pífio utilizado por estes pueris repórteres fosse verdade deveríamos então descredenciar todos aqueles que recebem um bom salário e dizem amar suas profissões. Independente do valor que Ronaldo recebia para jogar futebol, devemos sempre lembrar que esta era sua profissão, às vezes olhamos os jogadores de futebol e os vemos como heróis, como representantes supremos de uma determinada “nação”, e dessa forma acabamos esquecendo que eles são profissionais, o futebol além de ser a grande paixão dos brasileiros, também é a profissão de milhares de jogadores, técnicos, auxiliares, entre outros. Ronaldo poderia ganhar o dobro do que ganhava e mesmo assim amar o que faz, não estou aqui para afirmar que a declaração dele foi verdadeira, estou aqui para demonstra que o argumento utilizado por estes projetos de cronistas esportivos é simplesmente pífio e inaceitável, eu particularmente creio sim que Ronaldo amava jogar futebol, e porque não? Quer dizer que se acaso algum médico dizer que ama seu serviço e ao mesmo tempo ser bem remunerado ele se tornará automaticamente um mentiroso? É obvio que não, seríamos perfeitos idiotas caso acreditássemos em um argumento construído em bases tão superficiais.

O que realmente acontece é que alguns sensacionalistas medíocres que não conseguem aparecer por um bom trabalho, assim como fez Ronaldo, tentam escalar nas costas da imagem de um grande esportista com ele foi, para poder aparecer e ganhar alguns pontinhos de audiência, algo simplesmente patético.

Finalizo este texto, dizendo que Ronaldo deixará saudades. Amando ou não amando o futebol ele fez, com certeza, com que muitos brasileiros tivessem, pelo menos por um curto espaço de tempo, orgulho de serem brasileiros, orgulho de serem compatriotas deste esportista que, por tantas vezes, se levantou das cinzas como um fênix, e nos mostrou um verdadeiro exemplo de perseverança e força de vontade.

Obrigado Ronaldo.

Julio Cezar Nakasato

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Flamengo é “a gostosa”



Você tem mil formas de ver futebol. Hoje, por consequencia natural do mundo azedo que vivemos, vemos quase tudo pelo lado negativo. Quando o Ronaldinho diz que “sonha em jogar no Flamengo”, logo surgem rivais pra dizer que é marketing, rubro-negros pra dizer que é fato, e azedos pra dizer que é mentira.

Verdade ou mentira no caso do Ronaldinho, fato é que quem vive no futebol já ouviu isso, em off, diversas vezes. E, portanto, não deve ser lenda.

O sujeito sonha em jogar no São Paulo porque ele quer ganhar em dia, quer estrutura, Reffis bonito, pressão com blindagem, condição de trabalho, etc.

Ele sonha em jogar no Inter por coisas parecidas.

No Santos, pela situação estrutural e administrativa atual do clube.

Sonha em ir pra Europa pela grana.

Mas quando ele sonha em jogar no Flamengo, nenhum argumento desses cabe.

O Flamengo é uma zona. A estrutura do clube é pífia, o mês nem sempre tem 30 dias e todo rubro-negro sabe disso e se lamenta. Mas ele não tem culpa, como os demais também não tem mérito algum nestas questões do clube.

Se o SPFC tem o que tem não é porque sua torcida foi lá construir. É mérito administrativo. Se o Flamengo não tem o que não tem, também não é culpa de quem torce. É de quem senta na cadeira de presidente pra fazer bobagem.

Enfim, conheço alguns jogadores de alto nível que jamais revelarão em público o desejo que revelam “em off”. Eles querem jogar no Flamengo, pelo simples fato de serem rubro-negros, o que cabe a qualquer clube do mundo, ou pela torcida.

Lenda? Verdade? Produto da mídia?

Não sei, não vou entrar nessa pilha. Pra mim é tão natural que o rubro-negro tenha certeza disso quanto o vascaíno jurar que é mentira. Ou seja, não vai adiantar muito perguntar.

Irrita essa coisa do Flamengo ser Flamengo. Qualquer torcedor rival fica puto.

Afinal, que diabos esse time sem estádio, com uma torcida que se diz favelada, sem CT, sem estrutura e que vive devendo tem de tão especial? Porque se compara ao meu, que tem tudo?

Irrita, é claro que irrita.

Mas o Flamengo assume o papel de “gostosa” do futebol brasileiro.

Você tem faculdade, estudou ingles, tem conteudo, familia boa… Ok.

A outra lá tem curso de alemão, casa na praia, tenis novo. Beleza.

Mas qual todo mundo olha e deseja? A gostosa.

Burra ou não, ela é gostosa.

Toda mulher inteligente e bem resolvida fica puta quando vê uma gostosa burra e sem nada na cabeça ser o centro das atenções e não ela.

“Os homens que são burros”, elas dizem.

Como dizem, hoje, os rivais que “os jogadores são burros”.

Deve ser uma sensação única pro rubro-negro saber que todo charme de seu clube está atrelado a ele. Como deve ser duro pra um outro entender como pode investir tanto pra ver um jogador preferir o clube que não tem condições de trabalho sequer parecidas.

Mas é a vida. Sem hipocrisia, sem falso moralismo…

A gente sempre prefere a mais gostosa.

E elas, com conteudo ou não, estão sempre buscando o corpo perfeito.

É mais elegante, bonito e digno de elogios ser cheio de conteúdo.

Mas se não for “gostosa”…. Não adianta nada.

E assim, seduziram o “bonitão” da vez.

Né, nação? “Fiu-fiu” pra vocês. rs

abs,
RicaPerrone

Pós-modernidade, a pluralidade e o Preconceito

“Orkutiando” por estes dias estive observando o perfil de várias pessoas dentro desta que atualmente é a maior rede social brasileira. Para aqueles que conhecem o Orkut sabem que existe um campo dentro da página de cada pessoa para que o usuário possa se auto definir. Observei que existe uma enorme dificuldade para as pessoas falarem de si mesmos, normalmente neste campo estão frases de autores consagrados, letras de músicas, pensamentos filosóficos, poemas e tantas outras coisas, mas dificilmente encontraremos alguém falando sobre si mesmo.

Quem somos? Se não me engano é a primeira pergunta das cartas enigmáticas recebidas por Sofia no clássico de Jostein Gaarder “O mundo de Sofia”, acredito que a dificuldade que Sofia teve para se auto definir é a mesma que a maioria de nós tem, existe uma dificuldade muito grande de falar de nós mesmos. Até pelo fato de nós, seres humanos, estarmos sempre em constantes mudanças comportamentais. Quantos de nós achávamos que conhecíamos determinadas pessoas e de repente elas tem atitudes totalmente contrárias aquelas que já estavam pré estipuladas em nosso pensamento, e quantas vezes nós mesmos somos surpreendidos por nossas atitudes, nós, humanos, somos seres extremamente complexos.

Se não conseguimos nem mesmo nos definir com facilidade, pois sempre estamos em constantes mudanças, devemos também parar para refletir sobre as nossas concepções e nossas construções sobre as outras pessoas. Vivemos em um mundo pós-moderno e globalizado onde novos grupos estão surgindo e cada vez mais novas perspectivas de pensamentos e novos costumes estão se fortalecendo, hoje é difícil falar em cultura local, pois a influencia de outros países e outras culturas através dos meios de comunicação principalmente da internet tem auxiliado na queda de costumes meramente locais e vem abrindo portas para a introdução de novas perspectivas dentro de praticamente todas as sociedades e de todas as áreas de pensamentos. Toda esta pluralidade no que tange a costumes, pensamentos, credos religiosos, tabus familiares, entre tantos outros, fazem com que vários pensamentos acabem por divergir,  e é neste momento que precisamos entender nossa sociedade e exercitar a compreensão e a tolerância, pois dentro deste mundo diversificado o preconceito contra tudo o que se difere de nós, acaba, infelizmente, sendo algo muito normal, a intolerância contra o “outro” acaba sendo também uma das marcas de nosso tempo. O preconceito surge a partir do momento em que não somente vemos as diferenças, mas também as repudiamos como algo inaceitável. Precisamos compreender que nossa sociedade está em constantes alterações, assim como nós mesmos, sabemos quão difícil é nos auto definir, mas, infelizmente, para definir outras pessoas de forma negativa, na maioria das vezes, não encontramos dificuldade alguma.

Como estudante de história tenho visto autores e mais autores tentarem sem êxito criar uma teoria que conseguisse tornar a humanidade um pouco mais exata, os marxistas, os estruturalistas, os positivistas, são muitas as teorias que tentaram criar uma regra para as ações dos seres humanos em seu curso na história, neste sentido, eu realmente concordo com a nova história, que redescobre fatos, que problematiza o que supostamente já estava concreto, trazendo novas visões e novas perspectivas a serem estudadas. Precisamos assumir que o ser humano não segue regras, protocolos e teorias, não existem universalidades para nossa raça, precisamos compreender a existência de uma pluralidade de costumes, de pensamentos, de credos que estão muito além daquilo que nós podemos definir. Somente dessa maneira poderemos exercitar a tolerância e o verdadeiro amor, devemos compreender que o melhor para mim, nem sempre é o melhor para todos, devemos respeitar as opiniões alheias, pois dessa maneira só temos a crescer como cidadãos e principalmente como seres humanos.

Julio Cezar Nakasato